Reinhardt, Aline

quinta-feira, agosto 24, 2006

cibercidades

Apesar de se propor como cidade virtual, esse site prioriza o entretenimento, deixando de lado o aspecto social, como a maioria das cibercidades. André Lemos, em vários trabalhos publicados, já nos alerta para essa deficiência das cibercidades por todo o mundo: os serviços públicos, que poderiam diminuir a burocracia e dinamizar o cotidiano das pessoas que vivem na cidade, são praticamente ignorados (no caso de Nova Iorque, parecem totalmente ignorados). Alguns serviços são contemplados, como localização de lugares em mapas ou catálogo de endereços, auxiliando quem procura por um médico ou um salão de beleza, por exemplo. Contudo, parecem-se mais com “páginas amarelas” on-line do que com uma verdadeira prestação de serviço à sociedade.

Mesmo sendo o acesso ao entretenimento o grande foco do site, ele pode ser considerado CIBERcidade uma vez que reúne aspectos da cidade de Nova Iorque em um espaço na rede, no ciberespaço (e não se pode negar que o entretenimento é um aspecto forte dessa cidade). Além disso, esse site traz informações de localização, do clima e do tempo, notícias da cidade, entre outras coisas que permitem que se tenha uma idéia de como é Nova Iorque e de como ela funciona, conhecendo-a, de certa forma, através do ciberespaço. Traz, também, um link para “Government Guide” (Guia do Governo), site que fornece informações sobre assuntos de interesse dos cidadãos norte-americanos em geral.

2) Sala de Aula

O espaço concreto aí representado é uma sala de aula da Faculdade de Letras da UFPel, na qual tenho aulas diariamente. O objeto fotografado é (ou deveria ser) a mesa do professor. Depois de utilizada durante vários meses, essa mesa foi, finalmente, colocada em um depósito, há um mês, e virou lixo, na última semana.

Pude virtualizar esse espaço concreto (a sala de aula, a mesa etc.) ao tirar a foto, com uma câmera digital, descarregar a imagem em meu computador e, finalmente, carregar a imagem no blog. A foto não é o espaço concreto nem tenta ser ele; a fotografia foi a maneira que eu encontrei para registrar a situação bizarra à qual os professores e nós, alunos, estávamos expostos, e de levar ao conhecimento de todos, através do ciberespaço, uma realidade com a qual apenas um grupo restrito tinha contato. Além disso, pude virtualizar, com a fotografia e com esse texto, também a minha indignação diante do descaso que as instituições de ensino estão sofrendo no País.

3) O ciberespaço pode, certamente, ser considerado uma Rede, uma vez que se leve em conta que ele é o “espaço virtual formado pelas interconexões de computadores da Internet” (Raquel Recuero, anotações em aula). O ciberespaço só existe quando vários (ou mesmo alguns) computadores estão ligados uns aos outros de forma que permitam o fluxo de informações entre as pessoas que estão junto a cada nó dessa rede, estabelecendo-se, assim, comunicação entre elas.