Reinhardt, Aline

domingo, setembro 03, 2006

Corpo e Ciberespaço

1) ciborgue e pós-humano

Uma pessoa utilizando uma prótese robótica de uma mão, por exemplo, pode ser considerada um ciborgue. A pessoa passa ser um hibrido de homem e máquina, a fim de obter uma melhor qualidade de vida. Essa superação de uma deficiência de seu corpo é considerada por Hayles um ciborgue técnico e por Lemos um ciborgue protético, ou seja, alguém que teve seu corpo recondicionado pela técnica e é dependente dela agora para desempenhar suas funções.

A criogenia pode ser considerada um exemplo do pós-humano. Através do congelamento de células tronco, o homem pode armazenar a informação genética do seu corpo em forma de células que poderão trazer-lhe benefícios no futuro. Armazenando hoje células sangüíneas do cordão umbilical de um bebê, no futuro essa pessoa poderá ter acesso a células capazes de se desenvolverem e substituir parte de seu corpo (ou, quem sabe um dia, seu corpo inteiro), caso tenha algum problema de saudade como câncer ou AVC. Assim, o ser humano dribla a morte, transcende as limitações do seu corpo, e faz um “update” nele com as informações versáteis que foram armazenadas.

A comunicação mudou a partir dessa relação com o corpo. As pessoas se relacionam, se comunicam, de forma diferente a partir dos avanços tecnológicos. Com a crença na superação do corpo e da morte, as pessoas cultivam de maneira diferente suas relações, vendo a necessidade de manter vivas durante um período muito maior suas reservas de capital social. Assim, vêem as pessoas que as cercam de maneira diferente, e passam a ter com elas níveis diferentes de associação, de interação, garantindo também através de sua atividade comunicacional a sua subsistência, a superação e o prolongamento da vida. Sem vida social, baseada na comunicação, não haveria motivo para a continuação da vida (ou da consciência) biológica.


2)Avatar e Identificação

Esse é o avatar South Park da Jennifer Morais , como eu a vejo ou próximo disso.

E essa é o meu avatar, ou a representação mais proxíma possível de como eu me vejo.

O avatar é baseado na identificação, conotando as características da pessoa retratada, ou pelo menos, mostra as características mais marcantes dela. Não apenas as características físicas são vistas, mas também representações da personalidade da pessoa, das características mais visíveis.

O avatar que fiz da Jennifer, com uma certa margem de erro, a visão que eu tenho dela. As características físicas aproximadas (como o cabelo e a cor dos olhos) permitem que liguemos o avatar a pessoa retratada. A roupa discreta demonstra uma preferência da Jennifer, por cores sóbrias e modelagens confortáveis, o que tem tudo a ver com ela. A escolha do cenário de uma sala de estar mostra como me sinto quando estou com ela em sala de aula ou fazendo algum trabalho: confortável, a vontade.

Já o avatar que fiz de mim mesma mostra características minhas bastante fortes, como as sardas do rosto e os olhos verdes. A calça jeans infalível e a roupa discreta completada por uma manta também são escolhas bastante conhecidas minhas, assim como a naturalidade que sempre tento ter, evitando maquiagens ou cenários extravagantes no avatar. Um fundo simples, terno, que deixa que me vejam e que eu me veja sem associar coisas que deturpariam a imagem que tenho de mim mesma.


3)Chat e Avatar

Os avatares, de certa forma, influenciam e condicionam o processo de comunicação no chat, sendo que são escolhidos de forma que representem algum traço da personalidade da pessoa por trás do avatar. Escolhe-se o “avatar” com quem conversar através do tipo de personalidade ou conversa que se procura, através das características com as quais se tem afinidade ou não.